Tuesday, March 12, 2019

de janela aberta

O prédio lilás luzia
Do outro lado da rua
Onde a brisa corria
E a estrada estava nua.

Via-o do primeiro andar
Da Confeitaria Nacional
Desde um simples lugar
Onde não se estava mal.

Então uma janela abriu
Espreitei, não vi ninguém,
Provavelmente alguém sentiu
Que nesta tarde de primavera
Assim se estava bem.

o sorriso de quem dança

Nas vezes em que o mundo dista
Plena estou, pois que me encontra,
Consigo olhá-lo em seu esplendor.

É a primavera.

É a primavera nos meus olhos
Que tendo sede de vida encontram
Estradas inteiras de água e cor.

Às vezes, quando a beleza é tanta,
Sinto que a caixa pode explodir,
Mas logo vem a serena e a calma
Assegurando-me de que assim é a alma
E, imperativamente, devo seguir.