Thursday, July 31, 2008

Caminhando numa corda verde

Se caminhando não tropeço
Em asfalto, e desertos, e areais
Eis gritos de asfixia, qual silêncio
É um morro numa terra plana
E, de falhas, sei eu mais.

É algo quase inexistente
E se amor, seria platónico.
Mas sabemos que a carne cede
E nada nos parece perfeito.

Sem medo seriamos apenas uma cereja no topo de um bolo.

Monday, July 07, 2008

São castanhos

Os teus olhos conseguem alcancar
Longe, pr'além do aparente.
E chegam perto, mesmo sem propósito,
Sem similar, e sem antecedente,
Pois não com os olhos me olhas somente
Mas com a tua maneira de olhar.

São tão castanhos. De um castanho tão escuro.
Daquele castanho das castanhas, mas ainda mais escuro.
Sim, muito mais escuro.

Lucy's Song

How beautiful at eventide
To see the twilight shadows pale,
Steal o'er the landscape, far and wide,
O'er stream and meadow, mound and dale!

How soft is Nature's calm repose
When ev'ning skies their cool dews weep:
The gentlest wind more gently blows,
As if to soothe her in her sleep!

The gay morn breaks,
Mists roll away,
All Nature awakes
To glorious day.
In my breast alone
Dark shadows remain;
The peace it has known
It can never regain.

Charles Dickens



What a rush...
And how calm I am, now.
I felt like screaming... but I didn't.


Ouvindo Paolo Nutini, Autumn.