Por onde começar
tudo é árido, nem luz cai na melancolia,
a agonia intensifica e só vento
a passar cortante na pele
fica
os números estão trocados, o oito depois do vinte,
o vinte perde metade do corpo
desaparece,
os números estão a vaporizar,
a dor da ausência a represar,
não há corrida senão por dentro,
os números não estão.
Por onde começar
se o início é o fim de tudo,
a onda a quebrar é o orto
e jaz.