Tuesday, June 21, 2016

Sunday, June 19, 2016

Poema 1

A relatividade é absoluta.
O tempo, sim, o tempo,
Aquele que se desfaz no contínuo
E que nos transporta e acolhe,
É o que em si mesmo escolhe
A rapidez do percurso. 

A visão em túnel, a viagem interminável,
As luzes dos outros e a si-presença,
Tudo a passar por todos,
é imutável.
O ruído, o longínquo constante,
A semana berrante
Cala apenas na forma calmante
Da percepção obrigatória
Da forma das coisas.

Irrefutável, 
Irredimível,

Tempo.

Wednesday, April 09, 2014

Best music videos - part I

I know it is slightly subjective.





Thursday, October 03, 2013

Poetry Day UK

The following poem was written by the winner of this year's John Betjeman poetry prize for young people, Michael Bourton. He is 12 years old.
"Behind the hill, the sun slips, slow,
Casting long shadows here below.
The old church, high upon the hill
Reflects the crimson rays until,
The sandstone has a rosy glow.
Over beside the grave yard wall,
Upon a gravestone, standing tall,
As shadows deepen and grow long
The robin sings his evensong.
As deeper the dark shadows fall.
The fir tree standing stiff and straight,
Lichen clad cross beside the gate,
Gold crests twitter in the fir tree,
The thrush repeats his reverie
From the cross, in the fading light.
Pigeons roost in an ancient yew,
And collared doves repeat “Coo, coo.”
The blackbird high in the oak tree
Sings to claim his territory
So the birds in the churchyard knew.
The sun is sinking lower still,
The barn owl screeches clear and shrill.
The blackbird calls a loud alarm,
So other birds come to no harm,
As the sun drops behind the hill.
The owl leaves his roost, taking flight
Above the gravestones in the night,
On silent wings he hovers low,
Unheard by creatures down below
And far above their range of sight.
The sun can now be seen no more.
But light streams from the old church door.
As birds fall silent, now we praise,
And to our God our hymns we raise.
With songs no sweeter than before."

Sunday, April 21, 2013

Bananas

Wednesday, April 10, 2013

Your love

Tuesday, April 02, 2013



Je vais apprendre le français pour vous inviter à danser avec moi.

Thursday, March 07, 2013

para que o mundo saiba

[...] és o corpo inconstante que segura o meu. em ti reside a minha fuga, a minha chegada, a constante mudança. és sempre novo para mim. eu sei que já te disse isso várias vezes, mas é mesmo isso que sinto. é algo que está em ti e que mexe e me prende. não sei se na forma do corpo, no corpo em si ou no que lá reside. mas, qualquer uma das três, és tu. [...]

espécie de prisão (segunda tentativa)

Os teus muros de betão crescem
altivos e cheios de arte,
na estética que te toca parte,
e as árvores vão caindo.
A velocidade a que vão crescendo
é proporcional ao sol que vou perdendo
todos os dias.

Sunday, March 03, 2013

Wednesday, February 27, 2013

espécie de prisão

Não há altura certa para rasgar um tecido.
É o que é, quando é, quando passou a ser,
juro não te esquecer enquanto possa eu existir.
E se não puder ir?
Se não puder ir sonharei,
por tudo quanto amei, e amo,
eu ainda sei que estou dentro de mim.

Sunday, December 23, 2012

Sobre um Poema

Um poema cresce inseguramente 
na confusão da carne, 
sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto, 
talvez como sangue 
ou sombra de sangue pelos canais do ser. 

Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência 
ou os bagos de uva de onde nascem 
as raízes minúsculas do sol. 
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis 
do nosso amor, 
os rios, a grande paz exterior das coisas, 
as folhas dormindo o silêncio, 
as sementes à beira do vento, 
- a hora teatral da posse. 
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço. 

E já nenhum poder destrói o poema. 
Insustentável, único, 
invade as órbitas, a face amorfa das paredes, 
a miséria dos minutos, 
a força sustida das coisas, 
a redonda e livre harmonia do mundo. 

- Em baixo o instrumento perplexo ignora 
a espinha do mistério. 
- E o poema faz-se contra o tempo e a carne.



Herberto Helder

Wednesday, November 21, 2012

Jorge



Daqui a uns 30 anos, tu sabes, é ao som desta música que dançaremos.

Tuesday, October 30, 2012

trubitrio

o doce condensado derreteu na chapa quente
no lado de fora do bule que fora roubado para este propósito.
queima, é pegajoso, quente demais,
lábio queimado, lingua que dói,
mão assaz, vermelha e escamada,
pé na bota, bota pomada,
tudo quanto é demais corrói
de uma forma agridoce.

Thursday, October 25, 2012

de noite

quando dormes o mundo respira
por saber que descansas, e olho para ti,
gosto tanto de olhar para ti.
oiço-te respirar, às vezes emites alguns sons
que entendo com carinho, e graça,
e abraço-te tentando não te acordar.

quando dormes a tua pele fica diferente,
mais húmida, mais quente,
como que a libertar o resto do dia em ti.
colo-me nela o mais que consigo,
agarro-me o mais possível ao teu corpo
e desprendo-me do mundo contigo.

quando dormes a tua barba cresce,
passam dias e noites diante dos meus olhos
nos minutos em que te observo.
vejo-te ali, no momento, e antes e depois,
és muito menos palpável do que significas.

quando dormes tenho medo de te acordar,
gosto que durmas, e que estejas perto,
o som do bater do teu coração aumenta,
o teu cabelo despenteia-se, ainda que pouco,
os teus lábios parecem maiores,
as tuas pernas e as tuas mãos às vezes tremem,
e abraças-me.


Thursday, July 19, 2012

Da rampa não caio
no beco não sufoco
na berma não temo,
tudo quanto encontro és.

Friday, July 06, 2012


Thursday, July 05, 2012

On n'oublie rien

Sunday, July 01, 2012

És tu, todos os dias.