Oh meu amor,
Dar-te-ia as treze rosas que colhi
Nesta manhã enevoada,
Dar-tas-ia espinhadas e imundas
Rasgadas pelo pé, mal rasgadas,
Livres, soltas, desenjarradas,
Desarranjadas e sem jeito,
Despidas de polidez e preconceito.
Ficarei embaraçada, mas não faz mal.
Trá-las-ia junto ao peito
Como se de um coração se tratasse
E deixa-las-ia no caminho que percorresses,
Uma a uma,
Contando que o teu olhar por lá passasse.
Oh, deixa que ele por lá passe,
Que eu prometo dar-lhe um beijinho.
Um pequenino, para que não pares de correr.
Não quero tocar-te para saber que existes.
Quero tocar-te para saber que não existes,
Porque não podes existir.
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