"Foi tão fogaz que nem deu"
Pois que foste embora,
e não mais saberei de ti.
O em mim que jaz ardeu
Qual cinza e pó e rasto,
Sublime Sol nefasto
E em mim, fico eu
Sombra de mim mesma e sem grão de ponta que segure o que ficava, latente,
Luzindo em forma de brio o que só em mim é patente.
Eu estou aqui
À luz dos fragmentos que me compuseram,
Que se ontem fosteis trinta, e mo disseram,
hoje trago unicismo inigualável
De tal forma inquebrável
Que, se fosse fogaz, não seria eu.
Porque, se ontem dava, hoje não deu
Quão sagaz é o tempo que passa (e se passa!).
Procuro meios de te dizer adeus, poeticamente,
Que só me lembro e sei lembrar que o mundo,
só hoje, por hoje, irritantemente,
é meu.
2 comments:
Mariiaaa! gostei!
obrigado por partilhares o "teu" mundo a alguém..
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