Sei lá que te diga, que me diga,
digam-me o que dizer, que já não sei
já nem sei se no outro dia falei
ou só sonhei contigo.
Se foi nas palavras que me requebrei, em tempos,
surgiram contratempos e quebraram-se os laços
em possivelmente os piores percalços
da história dos corpos e altitudes.
Não, vento, não me mudes,
apesar das núvens, do bizarro e do frio,
eu sei que é o sono, em todo o seu vazio (todo...!)
e em breve chegará a sorte, em magote, o brio.
Como hei-de eu tocar no limbo se não através da palavra?
Para lá dele estarão os sentimentos, creio,
mas aqui onde semeio tempestades e sorrisos
ouvem-se os tambores, o rufar, e os guizos,
as óperas ao amar, em solos mais torcidos ou lisos
e vivo deles, destes sons de esperança e sonho
de que, tendo sono, me componho.
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