Friday, June 22, 2012
Tuesday, June 12, 2012
Amar é
Estar perto tão perto que te sinto longe
Os limites do corpo enaltecem-se
quando percebo que há um eu e um tu
Choro esta distância
em cada tentativa de nos unir
Quero colar-te ao meu peito
olhar pela clareza dos teus olhos
ver-me de fora por me ver por ti
Procuro, procuro essa tua essência
que eu sei que está dentro de ti
e choro esta distância
por cada vez que não a encontro
Por cada vez que me aproximo
os limites tornam-se mais claros
mas vou amar-te ainda assim
vou amar-te ainda assim
Estar perto tão perto que te sinto longe
Os limites do corpo enaltecem-se
quando percebo que há um eu e um tu
Choro esta distância
em cada tentativa de nos unir
Quero colar-te ao meu peito
olhar pela clareza dos teus olhos
ver-me de fora por me ver por ti
Procuro, procuro essa tua essência
que eu sei que está dentro de ti
e choro esta distância
por cada vez que não a encontro
Por cada vez que me aproximo
os limites tornam-se mais claros
mas vou amar-te ainda assim
vou amar-te ainda assim
Wednesday, May 16, 2012
som
E quando se fecha o círculo
todos os pássaros cantam em uníssono
fazendo palpitar o órgão mais majestoso das ruas
Que, naquelas onde as flores estão nuas,
É mais visível.
todos os pássaros cantam em uníssono
fazendo palpitar o órgão mais majestoso das ruas
Que, naquelas onde as flores estão nuas,
É mais visível.
Tuesday, May 15, 2012
X
são as mãos, meu amor, as mãos
com que desenho a linha do teu corpo
que ardem na fúria da tua ausência
e não me deixam escrever
são as mãos, meu amor, as mãos
que buscam na tua essência
a tua letra mais essencial que tua
e que tapam os olhos, para não ver
não pelo medo, mas porque sei que não existe.
com que desenho a linha do teu corpo
que ardem na fúria da tua ausência
e não me deixam escrever
são as mãos, meu amor, as mãos
que buscam na tua essência
a tua letra mais essencial que tua
e que tapam os olhos, para não ver
não pelo medo, mas porque sei que não existe.
ruído
tenho medo da música
e do que me possa trazer.
de onde me possa levar
o que me possa fazer
o sítio onde vou estar
as coisas que vou ver
as lágrimas que vou chorar
tapo os ouvidos
mas não é como tapar os olhos
que se fecham sem apelo às mãos
grito alto
mas não deixo de ouvir
por cima da minha estridência
tapo a cabeça
mas assim não vejo
com a devida clarividência
onde o meu corpo se endireita
o som é nauseabundo
confundo os sentidos
e estoiro com o mundo
por cima da linha está o ponto
que vence, e tece o fim
na ilimitude
e do que me possa trazer.
de onde me possa levar
o que me possa fazer
o sítio onde vou estar
as coisas que vou ver
as lágrimas que vou chorar
tapo os ouvidos
mas não é como tapar os olhos
que se fecham sem apelo às mãos
grito alto
mas não deixo de ouvir
por cima da minha estridência
tapo a cabeça
mas assim não vejo
com a devida clarividência
onde o meu corpo se endireita
o som é nauseabundo
confundo os sentidos
e estoiro com o mundo
por cima da linha está o ponto
que vence, e tece o fim
na ilimitude
Thursday, May 03, 2012
Monday, April 30, 2012
Thursday, April 26, 2012
Tuesday, April 24, 2012
Lembrete
Aqui
Aqui fica registado.
Se foi falado não interessa,
fica feita a promessa
de que estou mesmo aqui ao lado.
Aqui fica registado.
Se foi falado não interessa,
fica feita a promessa
de que estou mesmo aqui ao lado.
Thursday, February 02, 2012
Monday, January 23, 2012
omnipresença (não)
Conheço-te quando estás
e quando sei que a tua mão cruzará com a minha
para sentir a tua pulsação,
a tua dor, a tua água,
és chuva que cai na plantação
das mais belas flores.
És o corpo mais presente de todos os corpos,
vejo-te crescer em todos os frutos
que vou colhendo, porque sei que lá estarás,
e nasces três vezes em cada um deles.
É, sou eu que te reproduzo no olhar,
cega que estou de tanto te querer ver.
Conheço-te quando vais
porque ficas sempre.
E a mão, que agora não encontra outra,
pede ao espelho que a acompanhe,
enquanto a ideia de ti aquece o reflexo
daquele corpo que também tu és.
Mas este lugar é controverso
porque não és a ideia de ti.
És filho da minha irracionalidade,
triplico-te, toco-te na superfície gelada,
és a chuva, és o mar e as flores.
Se te penso é porque que estás longe,
por isso, meu amor, não demores.
e quando sei que a tua mão cruzará com a minha
para sentir a tua pulsação,
a tua dor, a tua água,
és chuva que cai na plantação
das mais belas flores.
És o corpo mais presente de todos os corpos,
vejo-te crescer em todos os frutos
que vou colhendo, porque sei que lá estarás,
e nasces três vezes em cada um deles.
É, sou eu que te reproduzo no olhar,
cega que estou de tanto te querer ver.
Conheço-te quando vais
porque ficas sempre.
E a mão, que agora não encontra outra,
pede ao espelho que a acompanhe,
enquanto a ideia de ti aquece o reflexo
daquele corpo que também tu és.
Mas este lugar é controverso
porque não és a ideia de ti.
És filho da minha irracionalidade,
triplico-te, toco-te na superfície gelada,
és a chuva, és o mar e as flores.
Se te penso é porque que estás longe,
por isso, meu amor, não demores.
Thursday, January 19, 2012
Até amanhã, de Eugénio de Andrade
Sei agora como nasceu a alegria,
como nasce o vento entre barcos de papel,
como nasce a água ou o amor
quando a juventude não é uma lágrima.
É primeiro só um rumor de espuma
à roda do corpo que desperta,
sílaba espessa, beijo acumulado,
amanhecer de pássaros no sangue.
É subitamente um grito,
um grito apertado nos dentes,
galope de cavalos num horizonte
onde o mar é diurno e sem palavras.
Falei de tudo quanto amei.
De coisas que te dou
para que tu as ames comigo:
a juventude, o vento e as areias.
como nasce o vento entre barcos de papel,
como nasce a água ou o amor
quando a juventude não é uma lágrima.
É primeiro só um rumor de espuma
à roda do corpo que desperta,
sílaba espessa, beijo acumulado,
amanhecer de pássaros no sangue.
É subitamente um grito,
um grito apertado nos dentes,
galope de cavalos num horizonte
onde o mar é diurno e sem palavras.
Falei de tudo quanto amei.
De coisas que te dou
para que tu as ames comigo:
a juventude, o vento e as areias.
Thursday, December 15, 2011
Sunday, December 04, 2011
Friday, October 28, 2011
Thursday, October 27, 2011
Wednesday, October 26, 2011
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