Oh meu amor,
Dar-te-ia as treze rosas que colhi
Nesta manhã enevoada,
Dar-tas-ia espinhadas e imundas
Rasgadas pelo pé, mal rasgadas,
Livres, soltas, desenjarradas,
Desarranjadas e sem jeito,
Despidas de polidez e preconceito.
Ficarei embaraçada, mas não faz mal.
Trá-las-ia junto ao peito
Como se de um coração se tratasse
E deixa-las-ia no caminho que percorresses,
Uma a uma,
Contando que o teu olhar por lá passasse.
Oh, deixa que ele por lá passe,
Que eu prometo dar-lhe um beijinho.
Um pequenino, para que não pares de correr.
Não quero tocar-te para saber que existes.
Quero tocar-te para saber que não existes,
Porque não podes existir.
Friday, May 29, 2009
Monday, May 25, 2009
Tuesday, May 19, 2009
E agora?
Perdi-me dos poemas.
Na verdade, perdi-me do tudo que não tinha ou do nada que era meu, enchi-me de um outro vazio e rebento pelas costuras de estranheza. Não sei o que faço aqui.
Perdi-me dos poemas.
Efectivamente trouxe comigo a esperança e o medo inerentes à aventura de descambar neste blogue, e queria dizer muita muita coisa, mas só me ocorre que deixou de ocorrer.
Perdi-me dos poemas.
Por isto não sei bem o que fazer, até porque perdi o chão por não o poder perder a ele, porque ele nunca foi meu ou tão meu quanto os meus poemas. É um pouco meu porque está na minha mente. O que é que não está na minha mente?
Perdi-me dos poemas.
Não estão na minha mente os poemas ou a métrica deles, as palavras que rimam e aquele encadeamento ritmico.
Na minha mente está só um pensamento
que não tem grande fundamento.
Já nem sei rimar com jeito.
Perdi-me dos poemas.
No dia 23 de Dezembro a coisa estará diferente, por certo. Resta-nos saber por que horas o poema voltará à mente ou à materialização.
Eu perdi-me dos poemas porque a beleza construída acabou.
O mundo é belo.
Na verdade, perdi-me do tudo que não tinha ou do nada que era meu, enchi-me de um outro vazio e rebento pelas costuras de estranheza. Não sei o que faço aqui.
Perdi-me dos poemas.
Efectivamente trouxe comigo a esperança e o medo inerentes à aventura de descambar neste blogue, e queria dizer muita muita coisa, mas só me ocorre que deixou de ocorrer.
Perdi-me dos poemas.
Por isto não sei bem o que fazer, até porque perdi o chão por não o poder perder a ele, porque ele nunca foi meu ou tão meu quanto os meus poemas. É um pouco meu porque está na minha mente. O que é que não está na minha mente?
Perdi-me dos poemas.
Não estão na minha mente os poemas ou a métrica deles, as palavras que rimam e aquele encadeamento ritmico.
Na minha mente está só um pensamento
que não tem grande fundamento.
Já nem sei rimar com jeito.
Perdi-me dos poemas.
No dia 23 de Dezembro a coisa estará diferente, por certo. Resta-nos saber por que horas o poema voltará à mente ou à materialização.
Eu perdi-me dos poemas porque a beleza construída acabou.
O mundo é belo.
Subscribe to:
Posts (Atom)