Tuesday, April 13, 2010

Devolvo (tentando não desenvolver)

Txau,
até logo,
até depois,
já cá venho.
Se não te vejo, não te tenho
comigo, e se te oiço uns sussurros
parece que crescem muros
que te silenciam.
A quem pertenciam
os meus gestos? A mim?
Não creio,
mas se pensas que me chateio
desengana-te. Os gestos são dos mundos
mais supérfluos ou mais profundos,
e trazê-los é devolvê-los a casa
numa brisa que vem e esvoaça
e me faz chegar.
As minhas marcas são para te chamar
ao meu mundo,
que me parece muito supérfluo
ou pouco profundo
quando não te consigo encontrar.

2 comments:

Anonymous said...

Quero a tua boca onde nua é a tua poesia João... Não quero ser chamado...

Anonymous said...

não quero fazer um comentário tão arrojado, mas quem formaliza essas palavras, sente... e vive... e respira com intensidade o quer viver