Sunday, June 19, 2016

Poema 1

A relatividade é absoluta.
O tempo, sim, o tempo,
Aquele que se desfaz no contínuo
E que nos transporta e acolhe,
É o que em si mesmo escolhe
A rapidez do percurso. 

A visão em túnel, a viagem interminável,
As luzes dos outros e a si-presença,
Tudo a passar por todos,
é imutável.
O ruído, o longínquo constante,
A semana berrante
Cala apenas na forma calmante
Da percepção obrigatória
Da forma das coisas.

Irrefutável, 
Irredimível,

Tempo.

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